Decidi dedicar este post à pessoa que muitas vezes poderia muito bem ser referida na nossa cultura como a minha "companheira". Hoje em dia, quando o casamento é menosprezado, ou ignorado, ou já não há qualquer restrição a quem pode casar com quem, numa espécie de abordagem "mix-and-match" ao casamento, é uma maneira conveniente de se referir ao parceiro da pessoa com quem estamos a falar, quando não sabemos o seu verdadeiro estado civil. Em inglês, o termo “Partner” (PT="Parceiro") é outro termo usado, mas parece algo empresarial, pois o termo em inglês é geralmente traduzido “Sócio”. Acho que isso descreve muito bem a forma como muitos veem o casamento, que é como estabelecer uma sociedade. Lembro-me da primeira vez que realmente apercebi-me deste equívoco. O diretor de um grande hotel veio falar comigo, e de passagem mencionou o seu "partner". Confesso que já avançámos vários "parágrafos" na conversa antes de eu perceber que ele não se estava a referir a uma relação empresarial, mas sim uma relação social, à sua escolha de estilo de vida.
No Episódio 4 do podcast EM TEMPOS COMO ESTES, "Quão tolos são os sábios", abordo em mais pormenor o facto de os homens de hoje poderem ter maridos, e as mulheres poderem ter esposas, o que é complicado ainda mais pelo facto de as mulheres poderem ser homens e homens poderem ser mulheres ou ambos ou nenhum dos gêneros. Pode consultar o podcast, pois não vou me alongar neste ponto aqui. O que vou dizer é que acredito no casamento, e tenho orgulho de ter uma esposa que é uma mulher, e ela é uma "ela" e não um(a) "eles" ou outro pronome inventado. A partir da próxima semana, ela terá sido a minha outra (melhor) metade durante 56 anos.
Sem ela, não teria conseguido o que tenho feito na vida, não seria quem eu sou agora. Temos 4 filhos, e acredite, Abbie é mais do que uma "parturiente" (birthing person). Ela é uma "mãe" e ser mãe implica muito mais do que o facto de ter dado à luz.
Então, ao aproximarmo-nos do nosso 56º aniversário de casamento, ofereço estas flores para honrá-la.
Divulgação integral: foi ela mesma que fez os arranjos. Mas o que eu disse é verdade, estas flores são uma honra para ela. E são uma honra para Deus... estes são os arranjos florais para a nossa igreja em setembro. Os arranjos de flores mensais na igreja são a oferta que Abbie faz a Deus, ao usar o dom que Deus lhe deu. São provas do argumento que faço em "Quão tolos são os sábios" contra aqueles que dizem que Deus não existe ou negam que somos a Sua criação especial. Onde está o concorrente representativo do mais alto nível de vida animal inteligente que pode igualar estes arranjos tão precisos e inteligentes? Eu próprio não ousaria desafiá-la.
Entre as coisas que aprendi sobre Abbie ao longo dos anos, ela não gosta muito de jogos... jogos de cartas (passatempo favorito em reuniões da minha família), ou dominós (um pequeno grupo de membros da nossa igreja reúne uma ou duas vezes por mês para jogar dominós). Ela assume uma atitude de modéstia, procura não entrar no jogo, diz que não sabe jogar. Mas aprendi que se há uma coisa pior do que jogar um daqueles jogos com Abbie, é jogar um daqueles jogos contra ela. Debaixo da sua capa de pessoa simples, que não gosta de chamar atenção para si, existe uma mente astuta e perspicaz. E neste "jogo da vida", preciso dela no meu lado e ao meu lado, "até que a morte nos separe". Sim, a minha esposa é uma mulher, mas mais do que isso, ela é a mulher da minha vida.
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